quarta-feira, 9 de setembro de 2009

HISTÓRIAS DO PASSADO

Era uma vez um homem rico que tinha um filho; quando morreu apareceram dois dizendo ser filhos do falecido. Ora já se sabe, tiveram que seguir a lei da justiça e chegada a hora da audiência o juiz pôs-lhes uma fotografia do pai em frente e deu uma seta a cada um dizendo: “Aquele que acertar com a seta mais no centro do coração é o que vai ser o herdeiro.”

O primeiro a atirar acertou mesmo no centro do coração; chegada à vez do segundo atirar a seta disse: “Prefiro perder toda a herança de meu pai, mas não atiro a seta, mesmo que seja na sua fotografia”. Foi com esta prova de amor, que o juiz considerou ser aquele o verdadeiro filho e herdeiro da fortuna.

Pois é isto mesmo que se está a passar na nossa freguesia do Cercal, com a nossa igreja. Quem, como eu brincou nos seus alicerces, assistiu à inauguração da primeira pedra; onde se depositou uma caixa em ferro com moedas no sitio do altar principal e acompanhou a sua construção; com alegrias, tristezas, muito trabalho e sacrifícios, tem-lhe amor e com esse amor continua. Com o desejo de a embelezar o máximo por dentro no necessário e mantendo a sua origem.

Ao contrário está quem não lhe tem amor, querendo “destrui-la”, tirando a sua origem; a fim de a aumentar... Mas para quê? O espaço que ela tem hoje não chega? Serão as obras que vêm trazer mais fiéis à nossa igreja?

Está à vista que quem não lhe tem amor, só pensa em destruir o que os nossos antepassados fizeram, na vaidade, tudo á grande e à moderna; que é o que mais detestamos.

E o autor destas obras só vieram para desunir a nossa freguesia, desunir as famílias. O que lhe temos a agradecer?

M.ª Emília Pereira

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