sábado, 4 de outubro de 2008

CAPA


ESTRADAS DA FREGUESIA








As mudanças são grandes. Estamos a falar de uma melhoria significativa das vias rodoviárias da nossa freguesia. Toda a nossa terra está a sofrer remodelações nas estradas principais e secundárias. As obras tiveram início há cerca de 6 meses e já se encontram numa fase bastante avançada. Estas obras consistiam, não só na colocação de alcatrão novo, mas sim numa remodelação quase completa da via pública. Nas obras, só faltou mesmo foi a instalação do saneamento básico, que podia já ser implementado visto estar previsto nas obras a realizar. Caso assim fosse, ficava completa a obra nas estradas da freguesia, mas, o aumento significativo no preço final do projecto deve ter sido o factor que levou à não realização da instalação do saneamento básico.
É de louvar o grande esforço feito pelas autoridades competentes, como a Junta de Freguesia, para que esta obra fosse realizada, visto os cofres da câmara não estarem cheios tendo em conta os tempos que se estão a passar. A requalificação das vias rodoviárias veio a propósito da inauguração da Junta de Freguesia de Cercal, que aconteceu há cerca de um mês. As estradas que usufruíram da sua requalificação estão indicadas no fotografia, podendo ser constatado que quase todo o lugar dos Vales e toda a zona centro do Cercal, estão em fase final da obra. Em fase inicial esta o início do troço entre o Cercal e os Vales, a ligação da estrada dos Vales para as Matas e a colocação do segundo tapete em toda a estrada que liga os Vales ao Cercal. As obras realizadas, note-se que não foram só de repavimentação, mas sim de alargamento, de alisamento, de colocação de touvenan para as vias não cederem e as respectivas valetas cimentadas. Pode-se dizer que, estão a ser realizadas mudanças nas ligações entre as aldeias e no centro da Freguesia, mas estas estão a ser feitas com qualidade, só fica mesmo a faltar o tão desejado saneamento, que caso este venha a ser colocado na freguesia, vamos ter novos buracos na "estrada nova".
Não se podemos esquecer, que para o alargamento das vias, tanto os terrenos, como algumas serventias e alguns muros privados, terão de sofrer alterações, ficando assim os proprietários com um pouco menos daquilo que já tinham. Esta é a maneira de pensar errada, pois as condições de habitabilidade, em toda a freguesia, aumentam com o alargamento das estradas, sendo no entanto triste e desonesto, "não permitir" à Câmara de Ourém, responsável pela obra, o corte de um metro ou dois, ou o derrube de um muro ou outro, que estejam a dificultar as obras. Existem casos onde isso está a acontecer, e pede-se a todas as pessoas lesadas, que tenham o mínimo de bom senso, e pensem nas obras como uma mais valia, para toda a freguesia e para todas as pessoas que nela circulam. Agradece-se no entanto às pessoas que já tiveram de "oferecer". Vamos pensar que hoje está a ser necessário pedir a alguém licença, para ceder um pouco da sua propriedade, sabendo que é para o bem de toda a população. Damos hoje, pois podemos precisar amanhã.

Ramo D'Além

CRISE FINANCEIRA


A crise financeira que assola os principais mercados mundiais tem sido tema central nos noticiários. Tentaremos aqui explicar a origem da crise, as soluções que têm sido propostas pelos principais economistas mundiais e quais as implicações da crise no quotidiano dos Portugueses.
A principal causa apontada para a crise económica deve-se à forma relaxada como as entidades financiadoras (bancos, seguradoras, ..) concedem os seus créditos. A forte concorrência nas entidades financiadoras fez com que os juros caíssem em demasia. Para aumentar os lucros (com os juros em baixo), os bancos criaram créditos de elevado risco, na maioria dos casos, sem garantias fiáveis de liquidez dos clientes. Este cenário originou que os bancos ficassem sem capacidade de movimentar dinheiro e criarem os seus próprios lucros. Apesar da crise ter nascido nos EUA, na Europa são consentidos os mesmos problemas. No Reino Unido, Alemanha, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Islândia, França e Luxemburgo já foram efectuadas intervenções em diversos bancos, mas acredita-se que em Portugal não será necessário executar as mesmas intervenções. Isto porque os bancos portugueses continuam a exigir garantias nos empréstimos (essencialmente no crédito à habitação) diminuindo o risco associado ao crédito. Por exemplo, a Caixa Geral de Depósitos está a emprestar mais dinheiro a outras instituições financiadoras do que está a pedir emprestado.
Nos EUA, o plano Paulson irá permitir a injecção de 700 milhões de dólares no sector financeiro americano. Este plano funcionará a curto prazo, permitindo que os activos dos bancos não desvalorizem demasiadamente. A longo prazo será necessária uma alteração estrutural do mercado, em que as entidades financiadoras sejam reguladas, não permitindo a cedência de créditos de risco nem permitindo que o volume de créditos e de activos seja superior aos capitais próprios da instituição financiadora. Na Europa, os casos de falência dos bancos tem sido resolvida caso a caso e pelos respectivos governos. Não existe acordo entre os principais mercados europeus (Alemanha, França, Reino Unido e Itália) para a criação de um fundo comum (proposto pelos franceses) para salvar instituições em dificuldade.
A principal implicação desta crise no quotidiano das pessoas tem a ver com a diminuição da capacidade dos bancos em emprestarem dinheiro que fará com que as pessoas e empresas aumentem a sua capacidade de poupança. Por outro lado, os depositantes terão agora taxas mais elevadas para os seus depósitos.
A população permanece no entanto preocupada com as suas poupanças que têm nos bancos. Existem no entanto diversos mecanismos que permitem descansar a população acerca da capacidade dos bancos para garantir o depósito. Caso os fundos de garantia sejam insuficientes para cobrirem os depósitos, estes podem recorrer a empréstimos ou recorrer temporariamente ao Banco de Portugal para cobrir os depósitos, sendo garantida a liquidez dos depósitos.

Pedro Simão